Aquele
prato, metade dele, totalmente cheio, com comida quase saindo para fora. Meu
sobrinho colocou um pouco de tudo que estava sendo servido no almoço. O mais
engraçado era que a outra metade do prato estava totalmente vazia.
A refeição dele se parecia muito com
o que é o Brasil em relação à comida, alguns têm muito e nem conseguem comer
tudo aquilo que têm, sendo uma parte do prato. Que era inclusive, o que meu sobrinho sempre fazia, jogar comida fora. E a outra, totalmente vazia.
Ele interrompeu meus pensamentos por
um instante, falando licença, que ele ia sair da mesa. Não deu outra, olhei
para o prato dele já sabendo o que ia ver, comida que ia para o lixo.
De novo imaginei aquele prato como
se fosse o país, e se toda aquela comida fosse distribuída pelo prato, pelo
menos, um terço da parte sem nada, agora teria alimento.
Será que essa distribuição é tão difícil de se
fazer? Criar uma instituição que fosse capaz de garantir o não desperdício,
melhoraria muito nossa condição atual.
Ouvi o barulho de alguém fechando a tampa do lixo
e minhas esperanças acabaram. Se nem uma criança, com a mente pura e ingênua, é
capaz de enxergar isso, quem somos nós?
Vehanen, Laura
< Imagem de: http://aluatristonha.wordpress.com/2013/06/05/no-dia-mundial-do-meio-ambiente-diga-nao-ao-desperdicio-de-comida/ >
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